O lucro bruto da Nokia entre janeiro e setembro foi de 5.905 milhões de euros, 3,2% menos em termos homólogos e o lucro operacional diminuiu 69%, para 345 milhões, devido, sobretudo, ao aumento dos custos operacionais.
A empresa finlandesa, uma das maiores fabricantes mundiais de redes de telecomunicações, juntamente com a chinesa Huawei e a sueca Ericsson, faturou 13.764 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, 4% mais do que no mesmo período do ano anterior.
Segundo a Nokia, este aumento deveu-se à inclusão das vendas da empresa norte-americana de fibra ótica Infinera, adquirida em fevereiro passado, e ao crescimento dos seus negócios de infra-estruturas e serviços na 'cloud' e de redes.
Por zonas geográficas, a Nokia aumentou as suas vendas na América do Norte, onde subiu a faturação em 18% para 4.233 milhões de euros, e na Índia, onde subiu as receitas em 25%, para 1.142 milhões.
Em contrapartida, as suas vendas caíram 17% na China, 11% na América Latina, 4% na Europa e 2% no Médio Oriente e África.
A Mobile Networks, o negócio de redes móveis de telecomunicações, registou 5.303 milhões de euros de faturação, menos 6% em termos homólogos, prejudicada pela queda do volume de negócios em todas as áreas geográficas.
Esta descida levou a divisão a registar um prejuízo operacional de 64 milhões de euros, contra um lucro de 251 milhões no mesmo período de 2024.
Em contrapartida, a Network Infrastructure, o negócio que atualmente mais contribui para as receitas, faturou 5.579 milhões de euros, um aumento de 24% em relação ao ano anterior, impulsionado pelo crescimento das suas redes de fibra ótica após a aquisição da Infinera, graças sobretudo aos seus clientes focados em Inteligência Artificial (IA).
Esta divisão, centrada na implantação de redes fixas, óticas e submarinas obteve um lucro operacional de 383 milhões de euros, um aumento de 6% em relação ao ano anterior.
A divisão de serviços em nuvem e redes (Cloud and Network Services) também melhorou os seus resultados, aumentando a sua faturação em 7%, para 1.769 milhões de euros, e registando um lucro operacional de 100 milhões de euros, contra uma perda de 16 milhões no mesmo período de 2024.
No entanto, os resultados da Nokia Technologies, a divisão responsável pela gestão e licenciamento do seu imenso portfólio de patentes tecnológicas, desceram.
Este negócio faturou 1.118 mil milhões de euros, menos 24% em relação ao ano anterior, e o seu lucro operacional caiu 30%, para 810 milhões.
O novo presidente executivo da Nokia, Justin Hotard, destacou em comunicado que a empresa obteve "resultados sólidos" no terceiro trimestre, com um aumento de 9% na faturação e crescimento em todas as divisões.